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A atuação da Fonoaudiologia nas Paralisias Faciais

Por Valéria Abib, Fonoaudióloga da AFR - Crfa 5224

Como você se identifica?

Você pode dizer que é pelo seu nome, RG ou CPF. Mas, antes de tudo, você se identifica e é reconhecido pelo seu rosto. Alguém se olhar no espelho e não se reconhecer pode ser algo extremamente assustador. Até porque essa pessoa nunca se imaginou numa situação tão nova e desconhecida. Mas, o que fazer nessa situação? O primeiro passo é procurar o médico e se informar sobre o que está acontecendo para começar um tratamento.

As Paralisias Faciais podem ter várias causas, entre elas: inflamatórias, traumáticas, neuplásicas, por acidentes vasculares ou por Herpes Zoster (Síndrome de Ransay Hunt) - esse acometimento pode ser chamado de Paralisia Facial Periférica e ocorre quando o nervo facial, o seu gânglio ou o seu trajeto é afetado. Isso pode levar a uma Paralisia Ipsilateral de toda a hemiface, direita ou esquerda.

A outra possibilidade é a Paralisia Facial Central, que ocorre quando a lesão acontece no cérebro, comprometendo a parte inferior da face contralateral de onde ocorreu a lesão. Além disso, não podemos deixar de citar que existem alguns casos em que toda a face perde o movimento total ou parcialmente. Isso ocorre em algumas doenças degenerativas como na Esclerose Lateral Amiotrófica e na Doença de Parkinson.


A Fonoaudiologia atua de forma direta nesses indivíduos, com o intuito de recuperar os movimentos, a força, a sensibilidade e a estética da sua face. Outro objetivo pode ser o de resgatar sua capacidade de se alimentar, visto que, com a Paralisia, a mordida involuntariamente atinge as bochechas, ocorrendo ferimentos internos. A dificuldade na alimentação também é frequente devido a dificuldade de conter o alimento na cavidade oral que escapa pelos lábios. Nesses casos, a pessoa pode se sentir constrangida, preferindo muitas vezes evitar refeições familiares e com amigos, comprometendo indiretamente suas relações interpessoais.


A Reabilitação da fala também é um alvo importante no tratamento fonoaudiológico, visto que palavras que são produzidas através da ação dos lábios e bochechas que quando ficam distorcidas, a comunicação oral do sujeito fica comprometida. Isso pode gerar, por várias vezes, o indivíduo preferir não falar e se excluir de conversas e exposições. Por isso, as Paralisias Faciais devem ser tratadas o mais rápido possível já que a degeneração do nervo facial se dá de forma rápida, afetando a estrutura, a função, a sensibilidade, a estética, assim como a sua vida familiar, social e profissional.


A Fonoaudiologia, como ciência, colabora para a recuperação da pessoa com deficiência e se faz necessário relatar os excelentes resultados que obtemos no tratamento fonoaudiológico das Paralisias Faciais.


Qualquer dúvida nos procure. Teremos grande prazer em te atender para orientação, avaliação e tratamento.

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